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O Brasil ficou em quinto lugar em um ranking internacional que mede o volume de furtos e roubos nos mais diferentes segmentos do varejo. De acordo com o estudo que será oficialmente divulgado no Brasil no próximo mês, os lojistas brasileiros viram o volume de furtos crescer 3% em relação à pesquisa anterior e contabilizaram perdas de cerca de US$ 2,4 bilhões, o que representa 1,69% do total bruto de vendas. Em primeiro lugar no ranking ficou a Índia, que registrou perdas de 2,38% da receita bruta do varejo local com furtos. Em seguida vieram Rússia, Marrocos e África do Sul, todos com índices de perdas muito próximos aos registrados pelo varejo brasileiro. Nos supermercados, carnes e queijos são alvos preferidos dos ladrõesEm números absolutos os Estados Unidos, uma vez mais, é o país onde o valor financeiro dos objetos furtados é o maior. Os furtos nos EUA somaram mais de US$ 41 bilhões. Porém o país não ocupa a liderança global porque o ranking considera as perdas do varejo em relação às vendas totais das lojas. Os países com menor índice de furtos no varejo foram Suíça, Hong-Kong e Taiwan. O levantamento, conhecido como Barômetro Global de Furtos no Varejo, foi realizado junto a mais de 4,7 mil cadeias varejistas de 43 países e abrangeu os 12 meses entre julho de 2010 e junho de 2011.

Apesar do aumento no volume de furtos, o Brasil deixou o incômodo segundo lugar que havia registrado no ano passado. Mas isso não significa, no entanto, que houve uma melhora para os lojistas. “Pelo contrário, os furtos aumentaram no Brasil e os varejistas perderam ainda mais dinheiro”, diz Gustavo Velehov, diretor geral da Checkpoint Systems, uma multinacional americana especializada em sistemas antifurto e financiadora do estudo. De acordo com ele, por conta do alto nível de informalidade do varejo, é bem provável que o índice de perdas brasileiro seja ainda maior do que o apontado pela pesquisa. “Nós ouvimos os maiores varejistas brasileiros, mas muitas empresas menores acabam não entrando no levantamento”, diz Gustavo.O estudo mostra também que os varejistas dizem ser os próprios trabalhadores os maiores responsáveis pelos furtos. Na pesquisa de 2011, cerca de 43% das perdas foram atribuídas ao que os lojistas chamam de “funcionários desonestos”, enquanto 33,2% a ladrões de lojas. O restante das perdas foi atribuída a erros administrativos e a fornecedores. Apenas os furtos internos causaram um prejuízo de US$ 1 bilhão aos varejistas brasileiros.

Maior parte dos furtos é atribuída aos próprios funcionários De acordo com o levantamento, os lojistas brasileiros conseguiram pegar em flagrante quase 70 mil pessoas furtando seus estabelecimentos. 

A maior parte deles, 62,5 mil, foram clientes flagrados tentando furtar objetos no valor médio de US$ 69, algo próximo a R$ 100. Já entre os funcionários flagrados, o valor médio do furto no Brasil foi de cerca de US$ 300, pouco menos de R$ 600. Nos Estados Unidos, por exemplo, cada funcionário pego em ação estava tentando furtar objetos com um valor médio de US$ 1,7 mil. Por lá, entre os clientes pegos em ação, o valor médio do furto foi de US$ 373.Os setores que mais sofreram com os furtos foram o de cosméticos, produtos de beleza e farmácia. De acordo com o levantamento, cerca de 2% do total de vendas desse segmento foi perdido com a ação de ladrões. Em segundo lugar veio o segmento de vestuário, com perdas de 1,87%, e em terceiro as lojas de materiais de construção, com 1,77%. “Mas o maior crescimento que percebemos nesse período foi o de furtos de carnes e queijos. Esses produtos entraram de vez no gosto dos ladrões de loja”, diz Gustavo.

Fonte: Economia – iG @ http://economia.ig.com.br/brasil-e-o-quinto-pais-no-ranking-mundial-de-furto-a-lojas/n1597303273214.html Consultado em: 22/02/2018